Publicado em: 7 de julho de 2021
Você sabia que dosadores são parte integrante da segurança e saúde dos ambientes? Que um químico diluído na proporção errada pode não desinfetar uma superfície? Ou que equipamentos profissionais auxiliam na redução e consumo sustentável de água e outros recursos?
Para compartilhar esses e outros conhecimentos, a Abralimp (Associação Brasileira do Mercado de Limpeza Profissional) realizou um webinar com Osmar Teverão e Matheus Bertipaglia, especialistas do segmento de Equipamentos, Dosadores e Acessórios, com mediação da jornalista Fernanda Nogas, para apresentar soluções que reduzem impactos e aumentam a segurança dos ambientes. Confira!
Dosadores e diluidores: mais segurança
De uns anos para cá, os conceitos de limpeza vêm passando por profundas mudanças, criando um entendimento muito maior sobre a diferença entre os resultados domésticos e a aplicação de métodos e equipamentos profissionais. Essa mudança ganhou ainda mais evidência na pandemia, momento em que o ato de simplesmente “limpar” precisou ser substituído pela higienização (limpeza seguida de desinfecção).
Neste novo cenário, mais do que nunca equipamentos profissionais se tornaram cruciais para a segurança dos ambientes e seus usuários.
Um primeiro aspecto a ser considerado é a padronização trazida por essas soluções, como explica o representante do setor de Dosadores, Matheus Bertipaglia. “Imagine chegar a um hospital onde não há um dosador ou diluidor adequado ao produto químico. Você estará à mercê de quanto o operador vai utilizar do produto, sem qualquer certeza se estará na proporção correta para desinfetar a superfície ou não. Ou seja, a padronização é uma questão de extrema importância, tanto na parte de diluição quanto no aspecto da dosagem, considerando o risco causado por uma diluição errada”.
Outro benefício dos dosadores e diluidores profissionais é a segurança oferecida aos trabalhadores. “Hoje sabemos que a segurança em relação ao manuseio de químicos é vital, vários deles necessitam inclusive de EPI´s específicos. Por isso, ao fornecer soluções que reduzem o contato direto entre esses produtos e o operador, garantimos a segurança das equipes e as boas-práticas de limpeza dentro do ambiente”, completa Matheus.
A segurança do usuário, aliás, é trazida também pelo uso de acessórios de linha profissional – como é o caso do mop pó – que têm entre suas vantagens a ergonomia.
“Para quem vê de fora pode parecer fácil, mas aplicar os mesmos movimentos repetitivos o dia todo, dependendo da atividade de limpeza, é um trabalho bem pesado. Por isso, a aplicação de acessórios e ferramentas profissionais gera um grande efeito em relação à ergonomia”, ressalta Osmar Teverão. “Basta pensar que um rodo doméstico possui um cabo na medida de 1,20m. Já um cabo profissional tem medidas a partir de 1,40m, justamente para permitir que o operador trabalhe com a coluna ereta”.
Além disso, acessórios profissionais são fabricados com materiais nobres, possuem alta durabilidade e representam uma ótima relação de custo x benefício. Basta comparar, por exemplo, o uso de panos de algodão e panos de microfibra, como explica Osmar: “A primeira diferença está na resistência do fio, e o algodão representa uma das fibras mais fracas. Logo, quando se busca resistência e impermeabilização, o normal é aderir aos fios sintéticos – que é o caso da microfibra. Em segundo lugar, o fio sintético gera um grande efeito eletrostático, fazendo a retenção de micropartículas tanto sólidas quanto úmidas”.
De acordo com Osmar, outro ponto é a durabilidade nos processos de lavagem: a fibra de algodão resiste pouco a processos industriais de lavagem, não só por conta da ação química, mas porque o PH ácido das sujidades ataca fortemente suas fibras. Por fim, o grande diferencial está na composição da microfibra que, vista ao microscópio, tem uma espécie de cavidade onde a sujidade fica retida. Com isso, há uma economia de mais de 60% no tempo gasto no processo de limpeza, quando aplicado este tipo de pano.
A consequência natural de todos esses fatores é uma produtividade mais alta, com menos impacto ambiental – já que alguns desses acessórios podem, inclusive, reduzir o uso de químicos em quase 80%.
Mais do que uma tendência, a adoção de equipamentos e acessórios de linha profissional é uma realidade – tanto que há uma migração da cultura profissional também para o mercado doméstico, já sendo possível encontrar em supermercados acessórios como panos de microfibra ou mop pó. Além disso, a área profissional conta com estudos sobre ergonomia, tempo, processos e qualidade, bem como formas de redução do consumo de produtos e recursos naturais.
Mas, de nada adianta contar com as melhores ferramentas, se não houver uma cultura de boas-práticas e da multiplicação dos procedimentos operacionais corretos.
“Todo o trabalho feito pela Uniabralimp reflete diretamente na evolução do nosso mercado. Muita gente está hoje fazendo limpeza sem saber que, na verdade, deveria estar fazendo higienização, e cabe a nós ensinar, passar o conhecimento necessário para que tenhamos profissionais cada vez mais qualificados em nosso segmento”, diz Matheus.
“A Uniabralimp conta com cursos excelentes, com turmas com centenas de alunos, o que parece bastante, mas não podemos esquecer que o mercado de limpeza conta hoje com 13 milhões de profissionais. Por isso, é primordial fazer o conhecimento chegar a um número muito maior de pessoas”, finaliza Osmar.
Com a pandemia, ficou evidente que a limpeza, sozinha, não é suficiente para garantir saúde. É preciso entender e aplicar de forma correta o conceito de higienização. E, embora haja uma mudança de comportamento, para que isso seja colocado em prática é preciso que todos – incluindo os gestores de limpeza, do presidente da empresa aos supervisores operacionais – estejam comprometidos com o conceito de higienizar. A limpeza cuida da sujidade que você enxerga; a higienização elimina os perigos que você não vê.
R: Gerson, sim tudo isso pode afetar a diluição, esses vetores quanto mais estáveis melhor a repitibilidade nas diluições, inclusive a temperatura pode variar estas diluições.
R: Verônica, a vazão em diluidores, implica num vetor físico de funcionamento, quanto maior a vazão que você precisa, maior deverá ser a pressão de entrada de água no equipamento.
R: Quando você precisar de grandes volumes de solução não é indicado diluidores Sistema Venturi. Ai terá que usar outros equipamentos proporcionadores para mistura correta da solução.
Fonte: ABRALIMP.
Foto/Divulgação: ABRALIMP.